quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Um real aí tio...




Nossa, acho que faz um milhão de anos que não escrevo qualquer coisa por aqui. Isso não é porque nada não me inspire e sim porque o tempo anda somente me permitindo suspirar e espiar, sem mesmo conseguir expirar as idéias. Tudo anda um pouco complicado mas ainda assim acho que quando uma coisa te move um tantão, não tem como não parar mesmo na falta da possibilidade dessa parada, para se falar sobre ela.

Como já é de costume na minha vida de trabalhador brasileiro, ontem estava voltando para casa na pela nova rota, metrô, linha amarela (loucura total) e trem, quando me deparei com um nóia, como comumente denominamos essas pessoas que perambulam pela rua sem destino ou um porquê, e vi que ele abordou duas mulheres que esperavam por uma carona. A primeira vista ele estava somente contando uma história dramática e pedindo um misero real para as duas, que mesmo sem vontade decidiram abrir mão daquele “valoroso” dinheiro e colaborar com o pedinte. Mas com o passar do tempo o que deu para perceber é que ele não estava ali só para pedir o real e partir, queria sim continuar conversando, trocar uma idéia e ter um “amigo” de momento só para desabafar.

Nessa hora eu poderia pensar qualquer coisa do tipo, medo do cara, não querer dar o dinheiro também, que ele era um louco de pedra, sei lá, mas a única coisa que consegui pensar foi que não queria conversar com ninguém e por isso só queria sair de perto, mas ao mesmo tempo que sai também pensei na atitude daquelas mulheres e na atitude de inúmeras pessoas que pediram e que doaram nessas ruas, trens e locais da grande cidade de São Paulo. Porque afinal, qual foi o motivo que levou aquelas duas mulheres a contribuírem com a carência alheia? (a financeira, claro!)

Poderiam elas ter o desejo de transformar o sistema através da linha de pensamento do “quando um começa a coisa toda pode mudar?” Podiam elas apenas pensar que estavam querendo se livrar daquele cara e ponto? Podiam elas estar com um medo do caramba e pensar que perder 1 real é bem melhor que a carteira inteira ou até a vida?

A resposta real eu não sei, só sei que qualquer pensamento que houvesse passado pela cabeça delas no momento não estaria relacionado ao beneficio do 1 real àquele sujeito, todos eles estavam somente focados nelas mesmas e na mudança do seu estado no momento, o que não era muito diferente do meu, que quando vi o cara falando demais só pensei em me afastar, afinal não estava nem um pouco afim de conversar.
Daí então tudo mudou e por isso escrevo esse post hoje porque no fundo no fundo o que fazer com a porcaria de 1 real na sua vida não é mesmo, doar a alguém, comprar uma bala, dividir com uma criança ou pensar no valor do alguém que pode estar do seu lado ali todo dia e que no fundo no fundo não passa de 1 real jogado no lixo. Sei lá viu, só sei que às vezes não estamos valendo nem 1 misero real nesse mundo!



terça-feira, 8 de novembro de 2011

Gentileza gera gentileza...Tudo depende da condição

Desde a semana passada aceitei um trabalho que me faz utilizar dois tipos de transporte públicos diferentes e duas linhas diferentes do metrô. Apesar de parecer cansativo e chato, para mim é muito o contrário, porque a cada momento que posso me livrar do carro e do trânsito e ainda estar em contato com o espaço e com as pessoas, me sinto ainda melhor e mais inspirada.

Apesar disso, ao mesmo tempo não pude deixar de passar pelo outro lado da situação, o qual aos nossos olhos já é uma normalidade mas que na real é um incomodo tremendo e que não sei como lidar...Primeiro foi a piração com o fone de ouvido, um novo e meio grande que trabalhei por 12 horas durante vários dias para comprar, não sabia se poderia utilizá-lo ou se deveria manter o normal mesmo, evitando o possível roubo do meu ipod. Depois me perguntei se deveria ir de mochila ou com uma bolsa normal para levar o computador que demorei dois anos para comprar e não posso perder. Por fim se deveria pegar o dinheiro da carteira ou já deixar o Bilhete Único a postos para evitar qualquer prejuízo.

Inúmeras condições que me encurralaram no meu próprio lugar e tomaram de mim um tempo que poderia muito bem ser usado para coisas bem mais positivas, mas OK, essa é a realidade, vivemos em um país desigual, a culpa é do governo, não podemos mais mudar isso... E tantas outras premissas do tipo que nos levam a simplesmente aceitar, mas e quando essa realidade imutável aperta bem o seu calo?

Pois bem, hoje estava eu novamente a caminho do trem e um cara muito estranho se aproximou da escada, com medo de todas as condições já apresentadas decidi parar e esperar. Nesse tempo de espera um outro cara com toda a sua gentileza vestida de camisa xadrez, calça jeans e um alarme de carro no bolso se aproximou e ofereceu proteção dizendo que ali naquela escada nenhuma mulher passaria por medo ou desproteção. Eu, muito agradecida pela atitude falei obrigada um milhão de vezes, mas ao final do caminho da escada, não mais que de repente, o homem do caso me pediu dinheiro "em troca" da ajuda concedida, isso porque como descrito por ele, sendo um morador de rua, precisava de ajuda.

Desse momento em diante o único alimento que tive foi a revolta, revolta porque mais do que meu fone de ouvido, meu ipod e meu computador, esse cara roubou o meu livre arbítrio e esse não tem preço nenhum.

Com tudo isso fiquei a viagem inteira me perguntando o que posso eu fazer para mudar pelo menos parte disso, não só para mim, mas para várias pessoas que sem perceber já não tem mais arbítrio nenhum.

De verdade não sei se viramos todos a cara mesmo e deixa acontecer, se nos rebelamos, se tomamos a atitude de um em um para chegar ao todo ou se apenas passamos os dias nos lamento, mas sei que não da pra simplesmente fingir que não viu e apenas criticar, é um tal de mandar Lula para o SUS,  proteger estudantes que tem lá a sua razão mas que nunca utilizaram de sua pseudo revolução para mudar nada além do seu próprio umbigo; Mas e na hora de se informar e poder argumentar com pautas da realidade onde ta todo esse mundo de gente que supostamente faz com que funcione o "gentileza gera gentileza"?

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Felicidade?

Ontem fui a um dos meus programas favoritos, cineminha...sai de casa com o objetivo de assistir "A árvore da vida" mas como estava acompanhada de algumas outras pessoas que não conseguiram chegar na sessão tivemos que fazer algumas mudanças e escolher a última produção nacional do momento, "Onde está a felicidade?", um filme dirigido por Carlos Alberto Riccelli com roteiro da atriz principal Bruna Lombardi.

Não posso deixar de confessar que no inicio desenvolvi um pré conceito sobre o longa acreditando que seria mais uma comédia pouco engraçada Globo Filmes, tipo aquelas que só servem para colocar na telona caras conhecidas da telinha sabe? Mas na verdade me arrependi do conceito e me surpreendi com a história, que mesmo sendo quase uma cópia de "Comer, Rezar e Amar",tem a sua graça e movimentou a minha graça interior.

Guiado por uma história de amor frustrada por conta de uma traição e recuperada pela fé e pela felicidade de caminhos e pessoas, o filme pode ser uma graça para alguns, uma reflexão para outros e um medo para outros, mas para mim foi um pequeno toque em emoções profundas e latentes.

Parece até pequeno em relação a um filme simples, mas pode se tornar complexo dependendo do seu olhar...e como o meu olhar está mais sentimental no momento, tocou na busca e retomada do sentimento, afinal muitas vezes é difícil acreditar que sentimentos que nascem e supostamente morrem podem ser retomados, mas mesmo com uma história boba de amor é possível relembrar que essas coisas acontecem sim e que mesmo depois de muitos anos passados energias e interiores ainda se encontram e quase sempre sabem que a felicidade pode estar ali, em um simples olhar, em pequenas atitudes, em palavras nas entrelinhas e principalmente em um alguém que te conhece tão profundamente que é capaz de saber o seu mais íntimo ser.

Coincidência, destino ou somente um filme na sala 6 essa história movimentou muito minhas reflexões, a tal ponto que me fez escrever este post a 1:30 da manhã e dizer com palavras não óbvias que, como um dos personagens do filme colocou, "o amor é como o cerrado", muda em vários momentos, hora parece estar seco sem energia, mas basta uma chuva e algumas mudanças, que você vê florescer e encontra nele a felicidade, descobrindo que o primeiro beijo da história na verdade pode ser o último.

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Idas e vindas - A roda viva sempre continua



"E hoje, depois de três doses de Black Label e umas duas de vinho, a gente pensa nos caminhos e descaminhos dessa vida. Perto dos 30 anos, me pintou uma acachapante noção – inédita, no meu caso – de que a vida real não tem Control + Z. Há dez anos, eu poderia dar roll back se tudo estivesse dando errado. Aos 30, você toma grandes decisões na vida que vão te influenciar até o fim dela. Você tinha dez caminhos diferentes pra seguir, e adoraria seguir todos, mas só pode ter um. E, ao escolhê-lo, o negócio é esquecer de que está perdendo os outros nove, sob o risco de broxar no único que de fato vai viver.

E pra completar a ciranda, às vezes surge uma Roda Viva que, como consolo, te dá a certeza de que por ela passaria se escolhesse absolutamente qualquer um dos caminhos e que vai fazer da tua vida um hiato momentâneo – e que hiato, amigo." Por Fernando Vives | em escritos bêbados, filosofia série b


Pela primeira vez estou começando um post com palavras que não pertencem ao meu banco de criações mas que com certeza serviram de alimento para idéias e principalmente como resposta para alguns questionamentos dos últimos tempos.

A praticamente três semanas voltei à uma realidade que estava fora da minha vida a sete meses, os quais, apesar de representarem um curto espaço de tempo, foram capazes de mudar uma história. Digo isso porque desde que sai e voltei a minha vida e a das pessoas que fazem parte dela se transformaram e me fizeram entender que realmente crescemos e somos pessoas com grandes responsabilidades e significados, somos adultos com quase 30 que precisam de uma carreira, uma casa, um parceiro, conhecimento... entre outras características que simbolizam o verdadeiro perfil dos 30 anos.

Mas ai quando pensei nesses 30 não tive como não voltar aos 12, 13, 14, 15... retornei ao passado e pude ver quantas coisas vivi, quantas perdi, quantas ainda preciso passar e quantas conquistei...

Comecei a  experiência "voltando atrás" quando cheguei e reencontrei pessoas e seus pedaços de energia, depois passei pelo momento rever capacidades e organizar as conquistas trazidas na bagagem e por fim encontrei um baú de memórias com palavras da minha adolescência  e daqueles que fizeram parte dela me ajudando a ser e entender quem sou hoje... Com tudo isso não tive como não pensar nas minhas escolhas, no meus caminhos e em quem sou agora, nos quase 30.

Como vocês podem imaginar ou vivenciar, isso não foi uma situação muito fácil mas depois de muito refletir, discutir, nutrir e por fim receber este texto percebi que não adianta nada pensar em tudo isso e muito menos querer entender a vida só porque está nos 30 anos, o importante na verdade é saber pelo menos quais dos todos caminhos possíveis você escolheu e segui-lo com muita vontade, não perdendo tempo, não poupando sonhos, não calando desejos...não tendo medo, porque isso atrapalha os 10, os 15, os 20, os 30 e todos os bons momentos que poderíamos estar vivendo agora, por isso, como disse o meu filosófico amigo do inicio, faça parte da roda vida que é viver e deixe as coisas acontecerem, assim todos os anos vão ser os mais importantes, maduros, responsáveis e principalmente os mais felizes da sua vida. 


segunda-feira, 6 de junho de 2011

Porque parar com as conclusões, basta mudá-las



Nem sei dizer quanto tempo faz que não divido mais as minhas conclusões por aqui, e isso porque o blog apresenta data e hora de cada post...mas de qualquer forma, sei que quando se passa muito do tempo perdemos a noção e por isso, mesmo com relógios, números e calendários sei que foi um tempo longo.


Mas sei também que para quem me conhece e sabe do momento da minha vida entende muito bem onde foram parar as minhas conclusões...isso mesmo, no meu outro blog emquenewyorkvocevive.blogspot.com. Só que não sei se posso dizer que ele reflete minhas conclusões mais puras e pessoas, afinal ele tem um quê mais jornalistico e informativo do que particular, reflete sim o meu mundo mas com outros olhos... Por isso então não me aguentei e mesmo na correria louca pela qual estou passando resolvi abrir o computador e voltar as minhas origens conclusivas, agora com novas fontes de informação mas ainda me levando a delírios, reflexões, momentos e consequentemente...CONCLUSÕES!!!

Alem disso não posso deixar de dizer que no final do meu dia passei por duas inspirações muito consideráveis e importantes para o meu impulso incontrolável de escrever as coisas por aqui...uma delas prefiro não revelar mas vem de outros escritos quase que conclusivos muito interessantes de um outro cidadão. A outra é o resultado mais que importante do meu suor de trabalhador brasileiro em terras de Obama... mas  antes de explica-lo preciso primeiro esclarecer o porque dessas terras afinal pode ter alguem que ainda não saiba, então ai vai... A mais ou menos uma semana completei quase quatro meses de inconstantes e surpreendentes vivencias na grande maçã Nova York comprovando como é louco tudo isso aqui e como você realmente perde a noção de tempo e espaço, mas isso já é um outro post, vamos voltar ao ponto principal deste aqui...


Como estava dizendo, a segunda razão que me levou a voltar as minhas origens conclusivas foi a conquista e visualização do esforço todo que venho fazendo por aqui...Estava eu no fascinante supermercado americano, que mais parece um shopping de comidas e acessórios para a vida, e sem querer distraída passei por uma parte onde se vendem revistas, com interesse em uma Vogue ou W magazine fui dar só uma olhadinha e quando menos esperava la estava a tão querida Fortune Magazine, não que eu a leia, devo contar a verdade, mas pela primeira vez na vida ela significava literalmente Fortune para mim porque em meio as suas páginas estavam lá as minhas produções, o meu styling, o resultado do meu trabalho como Personal Stylist e acima de tudo a minha conquista de um espaço...

Diante disso não pude pensar em outra coisa alem de sentar aqui e concluir que valeu a pena pessoal, foi mesmo difícil, um processo, um aprendizado, uma experiência, mil palavras de sensações que vou morrer escrevendo aqui, mas hoje o resultado esta ai nas páginas de uma revista gringa!!!

Muito obrigada universo e todos que colaboraram comigo e agora aguentem que vou voltar com toda força e contar as mil coisas que aconteceram por aqui e que ainda vão acontecer!!!!

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Ser amigo é


Por Carol Carvalho

Se você nunca ouviu uma música que fale sobre amigo, assistiu a um filme sobre amizade ou falou muito sobre um amigo seu é porque com certeza você é surdo, cego e mudo.

Mas isso de tudo ter um amigo no meio não é porque virou moda não, e sim porque não tem ninguém, depois dos nossos pais e irmãos é claro, que faça a nossa vida ser vida mesmo além dos nossos amigos. Pense na situação, você na maternidade, milhões de bebês chorando a sua volta, tudo novo  e estranho e de repente aparece um "cara de joelho" que olha pra você e te da a segurança que você estava buscando naquele momento, uma segurança de amigo.

Depois agente cresce e ai vem a nossa mãe, que tem que trabalhar muito e nos dar o que comer, não podendo ser a nossa companhia, assim sendo, nos leva para o tão legal Jardim de infância...no começo na verdade nada de lá se parece com um jardim, mas depois que o tempo vai passando agente começa a trocar brinquedo, meleca, cuspe, tapa, carinho... E aquele que parecia um mostrinho vira...Seu amigo.

Ai vem a adolescência, momento ótimo para ter amizades, afinal sempre um amigo vira o seu paquera oficial, seu assunto com os outros amigos e seus motivos para novas amizades. Acredito eu que é nesta fase que mais aproveitamos os amigos, pois é com eles que vivemos as melhores experiências, que nos frustramos e principalmente que construímos nossas raízes e memórias. Percebi isso ainda mais a um mês atrás, quando assisti ao show do Sublime e do Rage Against the Machine no SWU e fiz um pequeno filme na minha cabeça com os melhores momentos da minha vida...que foram sim com os meus amigos.

Acho que assim vai a nossa história, amigos do bairro, amigos do prédio, amigos do colégio, do futebol, do clube de xadrez... Pessoas que vão se agregando a nós e nos fazendo cada vez mais "pessoas de verdade", e não que isso seja fácil, acho mesmo que é uma questão de sorte, pois mesmo rodeados de pessoas não podemos dizer que somos cheios de amigos, o bom é quando os selecionados estão do seu lado e te transformam em um amigo de sorte.

Pois é gente, acho que dei a sorte de ter os selecionados do meu lado e por isso venho por meio deste post agradecer a todos os meus amigos, que a cada novo conflito ou conquista da minha vida mostram que o mundo é mesmo azul com belas borboletas e que ainda bem, me ajudam a sempre e sempre viver e reviver a simplicidade dos momentos e memórias de ser amigo!

Muito obrigada a vocês, amigos

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

O QUE É A PORRA DO SISTEMA?


Por Carol Carvalho

A última vez que estive por aqui fiz uma promessa a meus (e)leitores aproveitando o clima político do ambiente para “prometer e não cumprir”, já que demorei mais que duas semanas para publicar uma nova idéia. Independente disso, acho que o tempo foi favorável as minhas reflexões, pois com ele consegui passar por novas experiências que me proporcionaram a construção do que lhes apresento hoje.

Apesar de parecer algo que já estamos cansados de ouvir, o meu assunto se tornou novo aos meus olhos depois do que passei e, acredito eu, pode se tornar ainda mais diferente quando pensarem nele no contexto de vocês.

Estou falando de SISTEMA. Pois é, uma palavra de múltiplos significados que no fundo no fundo nos revela uma construção desenvolvida e composta por pessoas que seguem um padrão e constroem, julgam, trabalham ou roubam de acordo com ele.

Sendo assim, querendo ou não, todos nos utilizamos ou fazemos parte de um SISTEMA para desenvolver as coisas da nossa vida, pense bem... Para nascer você precisa fazer parte da sistematização de um hospital e das leis do seu local de nascimento e assim se tornar alguém, depois para crescer e evoluir você entra no sistema educacional, que por sua vez te coloca no sistema de ataque de amigos juvenis, uma fase ótima da vida onde você aprende que as palavras realmente tem poder. Ai, quando você se torna um adulto, o que parecia simples se transforma em algo muito pior, pois agora você faz parte do sistema de sobrevivência, tendo que se adaptar e aceitar o maior de todos os sistemas.

E é ai que começam os problemas, pois a partir do momento que o sistema te forneceu oportunidades de compreendê-lo, porque não então contrariá-lo? Ótimo, tudo resolvido então, vamos juntar nossos conhecimentos e lutar para alcançarmos um sistema benéfico a todos, mas como?

Infelizmente essa é a questão que todos nos desenvolvemos e não conseguimos responder, afinal esta porra de sistema foi construído de forma tão antiga e inteligente que não conseguimos penetrá-lo a ponto de conquistar uma transformação, surgindo ai a minha maior frustração, que quero dividir aqui com vocês e tentar buscar uma solução, nem que seja em tempo indeterminado, só para me sentir um pouco mais capaz.

Tenho uma frustração que me trouxe até aqui e gerou a minha necessidade de respostas... A uma semana fui abruptamente tolhida por uma espécie de sistema de avaliação, tendo que transformar todos os meus planos por conta da opinião de uma pessoa que julgou a minha idade, a minha aparência e a minha profissão. A partir daí, passei a me questionar até que ponto somos livres, quanto de democráticos temos e como o sistema comanda as nossas vidas. Não bastando tudo isso, fui ontem ao cinema e assisti ao filme Tropa de Elite 2, ai não teve jeito mesmo a minha única alternativa foi odiar fielmente a organização do sistema e me frustrar ainda mais com a nossa impotência.

Apesar de bem no inicio o filme avisar que a história é uma ficção, temos plena certeza que todos os fatos são parte de uma realidade muito nojenta da qual fazemos parte e que foi sistematicamente construída para fazer pessoas ganharem dinheiro as custas dos que não tem, gerando problemas cada vez maiores e mais distantes das nossas capacidades, problemas tão reais, que por coincidência caem na nossa vida e só ai passamos a refletir sobre o que esta acontecendo acima da nossa casa, dos nossos amigos e da nossa balada.

Estou realmente indignada com tudo o que vi e com a nossa falta de sistema para combatermos tudo isso, por isso resolvi então escrever este texto e tentar fazer um milímetro da minha parte, lembrando que o grande dono de tudo isso é o grande sistema político, que apesar de forçosamente, faz parte da nossa decisão e que devemos mesmo pensar com real verdade para decidir, afinal esse, por enquanto, é o único momento que podemos influenciar e mudar em âmbito nacional alguma coisa nessa porra que conhecemos como SISTEMA.

OBS. Devo revelar que pelo menos uma pequena resposta já conquistei, afinal assistir a um filme que critica o sistema no momento em que estamos tomando decisões sobre ele é uma grande conquista!

TROPA DE ELITE 2 – O INIMIGO AGORA É OUTRO

Ficha técnica:

Produção: Zazen produções

Coprodução: Globo Filmes

Direção: José Padilha

Roteiro: José Padilha e Bráulio Mantovani